Policial desiste de curso após ser agredida com ripa de madeira por militar durante treinamento no Ceará

A policial que denunciou ter sido agredida com uma ripa de madeira por outro militar desistiu do curso após o episódio. A agressão aconteceu em maio, mas só veio a público neste mês de junho. Ela publicou as imagens das nádegas com hematomas e questionou a ação do agente. Além dela, outras participantes do treinamento teriam sofrido agressões.

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A Secretaria da Segurança do Ceará informou que abriu uma investigação para apurar a agressão a policiais femininas durante um curso tático da Polícia Militar. (Veja a imagem acima)

O curso de quatro semanas foi promovido pela Secretaria de Segurança do Ceará para treinamento de mulheres militares de Pernambuco, Maranhão, Paraná, Rio Grande do Norte e Piauí. A proposta do curso era treinamento em defesa pessoal, técnicas operacionais policiais, salvamento, entre outros procedimentos. As aulas foram ministradas por PMs do Tocantins.

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A vítima, que é do Maranhão, conta que no oitavo dia de aula, um dos PMs instrutores -- o nome dele não foi divulgado -- alegou que um pedaço de sua pizza havia sumido e, por isso, puniu as mulheres as agredindo com uma ripa de madeira.

"Sim, essa sou eu, vítima de um macho escroto que se diz instrutor de curso! Um cabo da polícia militar do Tocantins, que mesmo depois do ocorrido está sendo ovacionado pela instituição e por todos que participaram do curso. Curso tático feminino deveria, sim, ser direcionado apenas para mulheres", relatou. 

Inquérito policial

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A Secretaria da Segurança Pública afirmou que tomou conhecimento da denúncia de agressão durante o curso e diz que abriu uma investigação para apurar o caso.

"A Secretaria da Segurança ressalta que um inquérito policial para apurar o fato foi instaurado na Delegacia de Defesa da Mulher, onde foram realizadas oitivas e a vítima recebeu todo acolhimento, além de ser encaminhada para a realização de exame de corpo de delito", diz a pasta.

A Controladoria Geral de Disciplina, que investiga denúncias contra agentes de segurança no Ceará, também abriu procedimento disciplinar para investigar o caso no âmbito administrativo.
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